A singularidade é um conceito de Ray Kurzweil que encaixa bem em uma perspectiva de tecnologia e ciência do tipo "cumulativo" ou "em avanço contínuo". Não é que esta perspectiva não faça sentido; mas, de qualquer forma, é interessante observar neste discurso como ela chega a fazer sentido para estas pessoas. Parte-se da premissa de que a tecnologia é a fonte e expressão das capacidades para ação do humano - tecnologia, segundo eles, não é cultura, é um substrato acumulado de saberes e práticas universalmente disponíveis, meios pelos quais atos culturais podem ser enunciados e constituídos... A chamativa ausência de discussão sobre como o ente tecnologia é apropriado por outros grupos que não aquele centralmente implicado nesta perspectiva também é indicativo da (falta de) abrangência desta proposta.
Existem outras formas de abordar a criação e a apropriação tecnológica. Um bom exercício de futurologia não dispensa um olhar sobre o presente que dê conta dos diversos grupos envolvidos na questão.
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