Subjetivação, autoria, dialogia, aprendizagens, produção de sentido, poética digital, mediação tecnológica, interfaces digitais.
26 novembro, 2006
Imagem Tempo
Estou lendo o capítulo 1 da Imagem Tempo, do Deleuze. Ele fala de uma imagem que extravasa e vai para além do movimento. Assim, se a imagem movimento está subordinada a uma ação, a imagem ótico sonora extravasa, por todos os lados, a imagem ação, e faz surgir uma outra imagem que, investida pelos sentidos, torna o real mais ambíguo, nômade, desprendido. Assim, Deleuze fala em um cinema de vidente, não mais de ação. Cria-se uma zona de indiscernibilidade entre real e imaginário, físico e mental, objetivo e subjetivo. Podemos pensar nessa imagem que extravasa a ação e é atravessada pelos sentidos - como isso ocorre nos nossos estudos, na dança, por exemplo? Ora, seria a imagem do gesto repleta de movimento ou, em que medida, ele também pode extravasar o ato dançado e tornar-se uma imagem ótico e sonora, que se deixa investir por um olhar, mais do que se subordinar por uma ação? Talvez, essa seja uma das propostas da dança, porque, se ficarmos apenas na ação, então não seria arte, não é mesmo... Ora, o interessante também é que Deleuze vai nos dizer que a imagem movimento e a imagem tempo podem coexistir e habitar o mesmo cenário...
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