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Porto Alegre / Rio Grande do Sul / Brasil |

O grupo Dimensão Experimental apresenta na segunda, dia 18, às 19h, o projeto “Música, Cinema e Memória”. Serão projetados e performados, com musical contemporâneo próprio e ao vivo, vídeos experimentais de artistas dadaístas e surrealistas como Man Ray, Walter Ruttmann, Hans Richter e Viking Eggeling. Entrada franca
Durante a ação educativa haverá um debate com as diretoras de arte Gilka Vargas e Iara Noemi, ambas atuantes do mercado audiovisual de Porto Alegre desde 1996. O encontro tem como tema a importância histórica do cinema de vanguarda, pautando a influência estética dos vídeos experimentais no cinema atual.
De autoria do grupo formado por Klaus Farina (teclados/guitarras/flauta/programação eletrônica), Odair Silva (teclados e gaita de boca) e Rodrigo Endres (guitarras), o projeto foi lançado em setembro de 2010 na Sala de Cinema Paulo Amorim da Casa de Cultura Mario Quintana. Neste ano, “Música, Cinema e Memória” acontece uma vez a cada três meses, sempre às quintas-feiras no CineBancários. Patrocínio do Sindbancários, CineBancários e Snoopy Bar e apoio do IECINE, IEM, MUSECOM, E O Vídeo Levou e Jornal Vaia.
Objetivo
A intenção do Grupo Dimensão Experimental é oferecer ao espectador, através de composições contemporâneas próprias, a possibilidade do contato com um dos movimentos mais criativos da história do cinema, resgatando um pouco da magia do cinema mudo.
O projeto tem por característica a ação cultural, através da projeção dos filmes e performance musical ao vivo, e de uma ação educativa com a realização de palestra e debate sobre a importância histórica do cinema avant-garde.
Uma das pautas é a influência da vanguarda no cinema, contrastando o passado com o presente, em especial as diferenças de paradigma da época em que eclodiu, quando as utopias e a revolução estavam na ordem do dia em contraposição com o momento atual em que estas mesmas utopias parecem esvaziadas.
Sinopse dos filmes
Opus III (1924, 3 min, de Walter Ruttmann)
Walter Ruttmann, (que junto com Hans Richter e o pintor sueco Viking Eggeling) foi um dos expoentes do cinema de animação experimental produzido na Alemanha dos anos 1920. Ruttmann produziu entre 1921 e 1925 a série de animação abstrata “Opus” que consistia na manipulação de formas geométricas. Alguns destes filmes foram coloridos à mão.
Opus III de 1924 é um destas seqüências de sonhos animados que serviriam de inspiração para que o próprio Ruttmann fizesse algumas partes do cenário do filme Die Nibelungs (1924) de outro grande cineasta alemão, Fritz Lang.
Inflation (1928, 3 min, de Hans Richter)
O tema da inflação nunca havia sido tratado no cinema da forma como Hans Richter se propôs a demonstrar. De maneira irônica e bem humorada Richter trabalhou uma questão que perturbava a sociedade alemã dos anos 1920. Através do ritmo em aceleração (do lento ao rápido e deste para o muito rápido,) mostra o processo de desvalorização do poder aquisitivo do povo alemão. Os rostos das pessoas expressam perplexidade diante da situação caótica em vivem. Inflation é um filme raro e pouquíssimo conhecido inclusive por muitos cinéfilos.
Symphone Diagonale (1924, 7 min, de Viking Eggeling)
Uma obra prima do cinema de animação experimental abstrato. Assim que é definido Symphone Diagonale, do pintor e cineasta sueco Viking Eggeling. Eggeling, auxiliado por uma namorada, produziu o filme durante o verão de 1923 e concluiu-o no começo de 1924.
Les Mystères du Château de Dé (1929, 20 min, de Man Ray)
Les Mystères de Château de Dé é um filme surrealista, um jogo pitoresco improvisado de Man Ray num período em que esteve como convidado no Castelo do Conde de Noailles. O filme retrata dois viajantes partindo de Paris para a Villa Nailles, em Hyères. Foi o filme mais longo que Man Ray dirigiu em sua carreira.
Fonte: Grupo Dimensão Experimental com edição de Imprensa/SindBancários
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